16/10/2007

PETER , VOYEUR


O desejo inicia pela observação do objecto desejado. Criar o desejo é permitir ser observado. Olhar nos olhos de quem nos deseja e não nos pode tocar. É alguém que espreita mas que sabe que eu sei que está ali, a olhar-me, a desejar-me. Sou eu que sou espreitado e sei que sou observado. Já não sei se o corpo com o qual me envolvo é este que arde quando me toca, se aquele que me observa. Faço sexo com os olhos do corpo que me observa. Esses olhos desejam cada movimento que o corpo que me toca faz. E eu, eu sinto-me desejado. Desejado por dois corpos. O que me toca e o que me observa. Mas mais pelo que me observa, e olho-o, e provoco-o, olho esse corpo, olho esses olhos e mostro-lhes o meu prazer, o prazer que sinto, provocado pelo corpo que me toca. O meu prazer está nesses olhos que me observam, e o seu prazer está na observação do que não pode ter, afinal o fruto proibido é o mais apetecido.

6 comentários:

Conguitos disse...

Acho que todos temos fantasias mas se a contasse perderia algum do interesse de ser uma fantasia pois de alguma forma estaria a torna-la "mais" real e "menos" fantasia ...
beijoconguitos

Nini disse...

Fantasias quem não as tem ?!
Mas é melhor ficar em segredo...

Will disse...

Isso agora...

Anónimo disse...

Fantasias há muitas! lol
:)
ai ai as minhas!!!!

lol
abraço*

Hugo Filipe Nunes disse...

Gostei imenso deste teu post..

andas desaparecido?
fico à espera de um mail teu!


aquele abraço,
f n

TheTalesMaker disse...

Eu acho que também tenho uma pontinha de Voyeur

:-$