Ela atira as palavras num raio de luz, um micro segundo antes de tu terminares de falar. Ela possui no palato mole, uma gramática de caracteres escolhidos a dedo, prontos a serem disparados. A última palavra de qualquer conversa, tem sempre a cor da sua voz. Aprendeu a ter resposta para tudo. Essas palavras que não passam no esófago, não as engole. Deslizam até ao ápice, sendo atiradas pelos dentes, num golpe defensivo, de quem se protege do inimigo. Defensiva? Talvez, mas defende-se com palavras. Aprendi-lhe o tom. Comecei a coleccionar letras ao fundo da língua, prontas a sair e não a serem engolidas. As palavras são demasiado pesadas para o estômago, e eu não gosto de sopa de letras.
6 comentários:
Há que saber dar a volta á fera! lololol
A proposito da sopa de letras...sabes qual é o cúmulo da organização?
È comer sopa de letras e na hora de ir ao wc faze-la sair por ordem alfabética! :D
Um abraço
Dante: medo! mt medo pra ti!
E para quê guardá-las? É nesta vida que temos que as deitar cá para fora, para podermos depois respirar fundo :-)
Mikas: tens toda a razao! vomitar tudo e nunca engolir!
P.P
Não gosto de pessoas que querem, têm, de ter sempre a última palavra mesmo quando sabem que estão erradas.
Beijinhos
Alien: kdo estao erradas e continuam a ter a ultima palavra é sinal de k nao evoluiram!
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