O silêncio. O silêncio desta sala vazia, na qual o único movimento é o da minha mão a abrir o telemóvel. Olho esse telefone que não toca. Abro-o vezes seguidas na esperança de uma mensagem que me fale de ti. Sinto que o ouço, mas não o ouvi. Quero tanto que toque, que sinto que toca. Não toca. Volto à sala. Tocou? Abro-o repentinamente na esperança de ver o teu nome perdido no écran. Não tocou. Não tocaste. O silêncio. O silêncio dum telemóvel imóvel. Leio repetidamente a tua ultima mensagem. Vejo as horas. Vejo a hora da tua ultima chamada. Faço as contas. Já passou tanto tempo em silêncio. O silêncio. O silêncio desse telemóvel imóvel. Não me movo. Finjo não estar aqui, para que o telefone me surpreenda. Tocou? Não tocou. Onde estás?
8 comentários:
Esta fixe o texto...
Sei exactamente o q é isso lol
Ragof: infelizmente...
. aproveita este silêncio de um momento apenas
. para introspectiva.mente saberes de ti
. um abraço apertado pedro.
. uma boa semana.
Paulo: não sei de mim, de facto,..., pk me falta uma parte...
Mergulhados no própio silêncio, temos a oportunidade de ouvir os sussurros guardados na alma, aqueles que nossa rotina náo nos permite nunca perceber...Acredito que o nossos aparelhos telefonicos mudos,podem nos dizer muito.
ps- estou devorando seus post's, são rápidos e intensos...Passarei aqui mais vezes...
Shirlei : sim, por vezes existem sussurros importantes de ouvir nessas pausas silenciosas...
Conheço essa ansiedade, sei a que sabe essa espera. Passa, por mais que demore.
Mikas: o tempo de passar..é o k mais custa...
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